domingo, 13 de julho de 2008

Justiça - 2

No seguimento da anterior consideração, em que se tocou numa sessão parlamentar especial, a do Estado da Nação, convém retomá-la, para acrescentar mais umas achegas, de modo a dar o seu a seu dono: quando falámos em "olhos nos olhos", obviamente que nos devíamos referir a Paulo Rangel, seu autor, tendo-o feito com Francisdco Louçã como pano de fundo.
Deveu-se esta confusão ao mediatismo deste deputado do BE, que personificou um dos momentos mais quentes do debate, ficando na sombra, aqui nestas linhas -entenda-se - o líder da bancada parlamentar do PSD. Retoma-se agora este assunto, com esta devida e justa correcção, que se impõe, até como forma de credibilizar esta forma de comunicação, tão menosprezada na praça pública.
A este propósito, manifestamos, de imediato, a nossa anuência à criação de uma eventual associação do sector, que venha com a intenção de valorizar a criação daqueles que aqui estão por bem, como é de enfatizar-se. Contem connosco.

sábado, 12 de julho de 2008

A justiça ( ex ou in) justa

Se o Bastonário das Ordem dos Advogados diz o que diz da justiça portuguesa, que dela pensarão os comuns mortais, aqueles que são a maioria de todos nós?
Quando tudo isto se ouve à descarada, olhos nos olhos, como acentuou Francisco Louçã, no Parlamento, mas a propósito de um outro tema, somos levados a concluir que esta carruagem fundamental do nosso dia a dia está prestes a descarrilar, arrastando com ela, nessa perigosa descida ao abismo, todo o comboio.
Ao vermos com desconfiança esta procissão que, ao que parece, ainda vai no adro, não ficamos lá muito descansados, porque estamos a falar de um dos mais importantes pilares da nossa vida colectiva. Assim, nem as palavras do Procurador Geral da República nos trouxeram o desejado sossego, pois aquele discurso saiu de quem saiu(...) e para toda a gente escutar, ou mesmo interiorizar, o que é um problema bem maior.
Perante este cenário, que interesse teve a discussão do Estado da Nação, que se esqueceu de abordar estas questões fundamentais, perdendo-se por um diálogo sem conversa nem silêncios, antes se prolongando por alaridos sem fim?
Com um esgar de espanto, que estranha terra é esta, que se perde, vezes demais, com os dedos espetados em plena discussão ao mais alto nível e não trata de falar de si, daquilo que é verdadeiramente sério e importante? Que nos valem as sonoras ninharias, anunciadas com pompa e festa, em redor de pequenos trocos, pagos com a sopa do Robim dos Bosques sobre as petrolíferas, ainda que isto mereça toda a nossa aprovação, comparado com este quadro negro que a (ex ou in)justiça nos apresenta?
De que vale tudo isso, se não temos quem nos defenda, quem esteja ao nosso lado, sempre que nos sintamos ofendidos? De que vale, Senhor?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Códigos

Agora, mesmo em tempo de férias, é tempo de nos debruçarmos sobre o Código da Estrada, quando se preparam alterações, ainda que ligeiras, ao seu conteúdo. Tudo o que se venha a fazer em prol da segurança de todos e de cada um de nós, obviamente, vem por bem e, como tal, deve ser aceite com palmas e com interesse.
As propaladas mudanças parecem-nos adequadas e justas, mas não estão isentas de críticas. À semelhança com o que acontece com o sector da educação, importa distinguir-se, claramente, aquilo que é a pequena fuga à norma e os aspectos substanciais. Assim, não cremos que meter no mesmo saco o esquecimento do cinto e uma manobra perigosa seja o caminho certo. Mas isto é apenas a nossa opinião e nada mais do que isso.
Indo um pouco mais longe, temos de discordar, aberta e frontalmente, com a intenção, como se viu na imprensa, de considerar a passagem de um traço contínuo uma falta muito grave e a circulação em contra-mão se ficar só com a classificação de grave.
Se o primeiro caso até pode acontecer quase por obrigação, em virtude de um impedimento qualquer e, às vezes, nem provoca algo de perigo, a entrada na via contrária assusta e tem implícito um ilícito bem perigoso, porque, a qualquer momento, o desastre espreita com grande possibilidade de carga eventualmente letal, ou perto disso.
Desta forma, em geral, este documento deve avançar e depressa, mas tem de ser mais burilado, para o seu aperfeiçoamento, visando um melhor campo se segurança na estrada, onde Portugal, também aqui, se encontra na cauda da nossa Europa

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Socorro

Ao passarem as viaturas dos Bombeiros, sinto que, naquelas casas de bem-fazer, nem tudo vai como convém. Habituados a logo saírem, quando alguém se sente aflito e precisa de socorro, agora chegou a sua vez de nos apelarem ao coração, porque são eles que precisam de ajuda, a ponto de encetarem uma campanha com esse fim.
Sabendo que este gesto carrega um pouco da dor que lhes vai na alma, por falta de apoios e por verem os combustíveis a encaminhá-los para o lodaçal, não esquecemos que o seu mal é o nosso mal, sobretudo agora que o Verão está a aquecer. Pedimos, por isso, que as suas vozes sejam ouvidas, tão grande é o seu mérito.
Mas, para que tudo isto seja ainda mais negro, quem deve gritar por socorro somos todos nós, que a vida anda de mal para pior. Para lhe fazer frente, quer o governo deitar mão aos dinheiros alheios, indo buscar o que lhe falta à algibeira das autarquias, que a têm já bastante depenada. Assim, será fácil mostrar obra, mas à custa de quem também se vê na obrigação de estender a mão à caridade.
Com este falso " Robim dos Bosques", por se tratar de pobres a tirarem a pobres, não se chega a levar a carta a Garcia, nem para lá se caminha. Assim sendo, só as falsas soluções nos calham na rifa da tristeza em que vivemos.
Enquanto isto acontece, o Parlamento dá uma imagem de si mesmo que não deixa de nos envergonhar, quase como o Conselho de Justiça da FPF. Agora, assistimos a uma votação incrível: um partido propõe uma emenda e logo a vê rejeitada; um outro pega nela, sem uma vírgula a mais ou a menos, e tem o descaramento de a aprovar. Se isto não é brincar com coisas sérias, que será então?
Sem fazer destes desmandos a regra que se deve seguir, partamos para outras vias, que estas já passaram à história, ou, no mínimo, para aí deveriam ir; isto é, para o baú das más recordações, até para ver se com elas, mesmo recusáveis, aprendemos as boas lições, que tardam em chegar.
Venham elas, já!