terça-feira, 28 de junho de 2011

Adeus, Salvador Caetano!

Tenho uma vaga ideia que estive, pessoalmente, com Salvador Caetano uma ou duas vezes na minha vida e, a partir de agora, isso não é mais possível, porque ele despediu-se de nós e eu ainda por aqui ando. Sinto que homens desta fibra, feitos de aço dos pés à cabeça, construídos palmo a palmo pelo seu próprio esforço, vontade, querer tenaz e capacidade, nos fazem falta, muita mesmo.
Confesso: nada tenho contra quem facturou milhões se, com isso, distribuiu outros tantos, ou mais, que os efeitos multiplicadores de quem cria emprego não se contam pelos dedos, sentem-se e pronto.
Dele sei que construiu um império, o da Toyota e que, um dia, há cerca de trinta anos, se lembrou de fazer com as Autarquias um protocolo para venda de uns mini-autocarros que foram o embrião da área social de todo o poder local. Fiz muitos quilómetros nessas viaturas, aquelas que estavam verdadeiramente ao " serviço da cultura e do desporto". Eis a minha divida de gratidão por este feito. Que a sua alma descanse em paz, que muito, tenho que o dizer, lhe ficámos a dever.
Já agora, peço ao meu Amigo Dr. Almeida Henriques, de Viseu, Secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, que o tenha como exemplo de empreendedorismo e arrojo comercial e ao outro Amigo também, Professor José Cesário, que o leve sempre como exemplo para as nossas comunidades portuguesas.
Portugal está mais rico com um novo governo. Mas mais pobre, porque perdeu Salvador Caetano, a quem fiquei, por exemplo, a dever a noção de "Just in time", que vi nas suas fábricas de Gaia.
Até sempre!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Que rica Presidente da AR!

Pronto, já esqueci de todo a barracada em relação à candidatura do Dr. Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República. Quanto a isso, gostaria de dizer que foi bom ver o Dr. Passos Coelho a cumprir a palavra e foi excelente saber que o Dr. Nobre perdeu em toda a linha, estatelando-se no chão sem apelo, nem agravo. Ao faltar-lhe visão para sair, a tempo, desta corrida, saiu-se mal, muito mal mesmo.
Aqui, em Oliveira de Frades, que bem soube aquela vitória da democracia, da dignidade do cargo, da excelência da escolha, da grandeza da Dra. Assunção Esteves. Que honra tê-la naquele prestigiado posto de Presidente da Casa da Democracia! Que prazer ver uma senhora - e que Senhora! - como segunda figura do Estado! Que alegria!
Mulher, um outro aspecto a relevar, tudo se conjugou para que fosse imensamente melhor a emenda que o soneto.
Na segunda-feira, fez-se justiça por vias travessas. Na terça, escreveu-se uma página brilhante na vida do Parlamento.
Pronto, já esqueci os passos anteriores e, creio, que para sempre.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Duas da tarde, dúvidas sobre aquilo que seria de evitar(?)

Nestas curtas duas linhas, quero manifestar o meu agrado por termos governo em cima da mesa e saudar os eleitos que hoje tomaram posse na nossa AR, que bem precisa de retocar a sua imagem, para voltar a ser o centro dos centros de todas as decisões. Conhecido esse governo? Nem por isso, mas esta ignorância, obviamente minha, pode ser um ponto a favor do futuro, que o secretismo tem ares de alma do negócio. Vejamos o que vem por aí!...
Uma hora antes da votação de próximo Presidente da Assembleia da República, quero aqui deixar bem clara a minha posição: face a tanta incerteza e tendo em conta aquilo que senti, ao ver o ambiente na própria AR, tenho a ideia que restam 40 minutos para uma salutar decisão - o assomo de dignidade de quem, sendo motivo de tanta controvérsia, declarar que não está na corrida.
Se o Dr. Fernando Nobre assim fizer, prestará um bom serviço ao país.
Não sei se, ao avançar, vai ser eleito. Mas são tantos os anticorpos que mais valia ele ficar na bancada geral, serenamente como deputado que é e disso não tenho dúvidas.
Mas o seu percurso, até aqui, já deu água pela barba.
Talvez - e daqui a bocado vou confirmar, ou engolir em seco! - seja hora de voltar atrás e dizer que avance outra gente.
Será muito melhor. Diz isto quem lê os acontecimentos 50 minutos antes da respectiva votação. E faço-o por imperativo de consciência e de responsabilidade política, passe a imodéstia, que julgo ter...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Festas e eleições

Oito dias depois de ter ido às urnas - um nome que faz aumentar a abstenção, tão trágico ele é - e com a intenção de estar com a minha "malta", lá parti eu com a UMJA - Sobreira, Oliveira de Frades - na ideia de partilhar um tempo de convívio, muito, e de música também, mas com as minhas próprias limitações, que sou um verdadeiro cepo nessa matéria, para o concelho de Cantanhede.
Era manhã e a juventude criativa de minha terra, cedo, compareceu à chamada. O autocarro da Câmara Municipal de Oliveira de Frades levou-nos ao destino: Venda Nova. Ali chegados, eis que nos esperava um grande "arruado", uma gíria filarmónica, de duas horas e trinta minutos, beco a beco, à cata de dinheiro para a festa local, a de Santo António. Uma estafa de todo o tamanho, que a minha "malta" não regateou.
Veio o intervalo e o almoço, que se papou, tanta era a larica...
A tarde, comprida que se farta, trouxe uma ida à Feira de Artesanato de Cantanhede e, depois disso, a Missa e Procissão, novamente pelas mesmas ruas da citada povoação.
Pensei para comigo mesmo: grande "malta" é esta, a da minha UMJA - anda, toca a bom tocar, troca sorrisos e avança por aí fora!... Uma riqueza, sem dúvida.
Dei comigo, ainda, a magicar, por outro lado, no seguinte: se cada Marcha de Lisboa, como me contou o jovem e talentoso Maestro Pedro Serrano, recebeu, em 2011, a "módica" quantia de 30000 euros, que diríamos nós se para a UMJA fosse tal maquia, um ano que fosse?...
A ser assim, há mesmo assimetrias e grossas desigualdades.
É, talvez e também por isso, que cada vez mais gente se afasta das tenebrosas urnas. Cheirando a cadáver, delas se foge a sete pés.
Mas com a UMJA vale a pena viver.
E ir ao seu passeio no próximo dia 2 de Julho, sábado, assim como assistir a suas actuações, nomeadamente em Vouzela, dia 19 deste mês de Junho, nas Festas da Comemoração do Centenário da Casa de Lafões - Lisboa...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dia D

Ontem foi uma espécie de dia D no que concerne à política do nosso país. Face a tanta incerteza, tanta dúvida e trapalhada, só uma mudança destas nos poderia trazer algum sossego. Algum, disse bem, que, aqui em Oliveira de Frades, não vamos em ondas, nem comemos tudo aquilo que nos dão...
Assim, com esta vitória, mais folgada do que diziam as sondagens, menos do que desejávamos, abrem-se pistas novas, descobrem-se outros horizontes, mas os velhos fantasmas e medos não desaparecem de todo. Apologistas de que cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, esse é alimento que vem sempre a calhar.
Ganhou quem eu queria? É verdade. Mas estou totalmente satisfeito? Jamais, em tempo algum, até porque estou sempre à espera de melhor.
É bom o governo que aí vem? Talvez.
Melhor do que a insustentável situação em que vivíamos, disso não duvido.
Agora, é hora de esperar e cara alegre...
Mas com um olho de lado, que isto de nova gente tem sempre (o) que se lhe diga.
Aqui, nesta minha terra, que aguarda por melhores dias e outra gente, estamos confiantes, qb.
Venha o Governo e comece-se a trabalhar, que a Troika não é para brincadeiras.
Logo? Não. Agora e já!...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma campanha fria e seca

Quando olho para as caravanas na estrada, com a malta a subir aos palcos e a trepar para cima dos tejadilhos, logo penso que vai sair mensagem a sério. Engano-me redondamente. Aqui, a Oliveira de Frades, só chegam banalidades e querelas de bolso, nada de substantivo, pouco de necessária relevância.
Esquecendo-se, quase todos, que estamos a viver com o garrote de um memorando em duas versões, a última bem mais severa que a primeira, ninguém diz nada a esse respeito. Em vez de se procurarem respostas para as questões que ali se levantam, fala-se de "lana caprina", de quem acordou mais cedo, de quem anda de cravo na mão, da rouquidão e pouco mais.
Por isso, não me tem cativado esta campanha, mas não deixo de dizer que ainda tenho esperança de que algo vai mudar.
Volto, então, para a minha terra, para saudar as crianças em alegria no centro da vila, para proclamar, bem alto, que o GDOF se manteve na terceira divisão nacional de futebol e para manifestar o meu desagrado por termos uma EN 16 em péssimo estado de conservação.
Reafirmando que será uma injustiça portajar o A25, espero que, amanhã, me não tramem com mais essa maquia. Temo, no entanto, que terei de puxar os cordões à bolsa.
Até que isso aconteça(?), vou andando como Deus quer...