quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mais um restaurante a fechar portas

Porque isto da crise não é qualquer figura literária, mas sente-se no quotidiano de nossas vidas, sendo o sector da restauração fortemente atingido, eis que, em Vouzela, vai encerrar portas o "Coração de LafÕes". Antes, caíra o "Vitelinha.com" e, em Oliveira de Frades, o "Forno do Rabino". Estas são notícias que, por se referirem a gente da nossa gente, mais nos tocam. Mas multiplicam-se pelo país fora as falências de muitas destas unidades. Causa principal, para além dos efeitos da drástica diminuição de consumo interno: o aumento do IVA, que saltou de 13 para 23%. Esta foi a estocada final e a certidão de óbito de muitas destas casas comerciais. Marcas de uma de nossas vocações, a do turismo pela via da restauração de excelência, ao agir-se como se agiu no campo dos impostos, matou-se esse filão económico. O que nos custa ver e acreditar é que quem tem por função analisar estes fenómenos e fazer inverter estas tendências suicidas permanece mudo, insensível e teimoso. Entretanto, o país afunda. Aqui falámos de restaurantes, mas ali podemos referir fábricas, sapatarias, lojas de pronto-a-vestir, as doces mercearias de bairro, as carpintarias, etc, etc... Nós vemos estas situações e logo o coração não pára de saltar. E somos um humilde cidadão, mas com gosto de intervir e não calar aquilo que lhe vai na alma. Que dizer de quem, tendo altas responsabilidades, assiste a estes desastres e nada faz?... Pior: contribui para esta desgraça pegada. Depois, chegam-nos de Itália lições de arrepiar. Admiram-se? Nós não... Infelizmente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Carta aberta

Ex.mo(a) Sr(a) Presidente da Caixa Geral de Aposentações Lisboa Não querendo ser seco como V.Exa, desejo-lhe que tudo lhe corra bem. Agora, peço-lhe, em curtas linhas, um especial favor: não faça de mim um número descartável, enviando-me uma folha com as contas de Fevereiro, secas que nem palha na eira em dia de Verão escaldante, sem ter o cuidado de as explicar e, mais do que isso, de indicar que, creio eu, em Março, os números são outros. Era isto o mínimo que V. Exa devia ter feito. Como isso não aconteceu, aqui deixo esta carta aberta e um pedido: se não sabe respeitar quem merece saber o que vai ser de sua vida, demita-se, dê lugar a quem tenha rosto humano. De gente sem alma, estamos nós cheios. Desculpe a franqueza, mas tinha de dizer isto. Apesar de tudo, um abraço,

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Lixado!

Duas linhas: este meu País está a lixar-se para a palavra de estado. É o fim da linha da confiança. Ontem partiram uma linha, hoje outra e, amanhã,confesso: não acredito nesta gente que eu próprio ajudei a subir as escadas de S. Bento.Estou-me lixando para tudo o que dizem. Não acertam uma e chegam a dar cabo daquilo que deveria ser sagrado: o sentimento das pessoas, que fica abalado de todo. Quero ajudar a recuperar este meu País, mas não desta forma: fazendo das pessoas um número, às pessoas tiram-lhe mesmo aquilo que as devia animar a colaborarem no esforço que todos temos de fazer. BASTA: antes de darem cabo de cada um de nós, olhem para o BPN, o BPP e quejandos, para as PPP, para outros gastos desmedidos, para tudo aquilo que nos minou e dinamitou o futuro. Ao bolso daqueles que não fogem um milímetro, não é só roubo, é escândalo nacional, é violação da nossa vida e isso é fatal para a confiança que gostava de ter e perdi de todo... Que se lixe quem de mim se esqueceu. E de outros milhares e milhares de meus compatriotas, que sofrem tanto como eu. Fazendo a vida com base naquilo que pensava ser sagrado, ao sacarem-me isso, mataram a razão de compreender a própria governação. Quanto a esta, BASTA!...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Candidato

Tenho cá para comigo que, muitas vezes, há escolhas para governantes que não são devida e antecipadamente avaliadas em termos de efeitos que possam vir a provocar, virando o bico ao prego, isto é, podendo mesmo dar cabo da reputação de uma pessoa, sendo que esta, se for o caso, também deve acautelar-se e resguardar-se com uma óbvia recusa, se convite houver. Do BPN, pelo que se sabe aqui em Oliveira de Frades, fruto das informações que nos chegam, não há nem boas memórias, nem referências que possam merecer um pingo de consideração. Da SLN, muito menos. Das empresas-fantoche, que ali foram criadas, isso é horror que até chateia. Com cara de crime fortíssimo, há para ali material até dar com um pau. E dinheiro, muito nosso, também. Só por isso é que me revolto com tudo quanto a este incrível banco diga respeito: dos cerca de 7 mil milhões de euros que custou ao Estado, umas gotas são minhas, são de cada um dos mais de 10 milhões de portugueses. Aqui chegado, quero dizer que nada tenho contra o Dr. Franquelim Alves, tendo mesmo tido o grato prazer, digo-o sem qualquer amargo de boca, ou arrependimento, de ter assistido a uma boa sessão de trabalho com ele, no âmbito do COMPETE, que há tempos houve aqui em Oliveira de Frades. Estive lá e nenhuma moléstia me pegou. Vim de lá sãozinho que nem um pero. E com saber na cabeça, verdade seja dita. Mas isto de ter ido para o Governo é outra coisa: aí é que a porca torce o rabo. Não devia ter sido convidado. Não devia ter aceitado o convite que lhe fizeram. A sarna do BPN, em questões desta índole, essa, pega-se a faz mossa. A sua entrada na equipa governamental do meu conterrâneo Ministro da Economia é um erro de palmatória. Já sei: isto tem um efeito Relvas. Sempre que Franquelim fizer alguma coisa, ninguém o leva a sério, porque esteve lá, nesse ninho de víboras assassinas que deram cabo de Portugal e das suas finanças, andando nós agora para aqui à rasca, enquanto essa gente se abotoou à grande e à francesa. Culpado o Franquelim? Sei lá... Mas pecou em ter sido Administrador ao lado de quem assim nos foi ao bolso. Devia, por isso, pedir a demissão e já. Ou ser demitido. Descansem, porém: ao BPN estou eu ligado para pagar os rombos feitos. Mas não quero ser candidato a nada disso...