segunda-feira, 27 de maio de 2013

Uma banhada no meu Rio do Eirô

... Na vésperas, a malta amiga da família benfiquista da minha terra, aqui nas encostas da Serra do Ladário, concelho de Oliveira de Frades, que só não foi a Lisboa, depois da viagem organizada, por falta de bilhetes, andou numa azáfama em redor do espaço escolhido para ver a final da Taça entre o SLB e o Vitória de Guimarães: o Rio do Eirô e o seu Parque Fluvial, um sonho de lugar. Ligada a corrente, arranjada a antena e o aparelho de TV,recheada a arca de comes e bebes e o presunto a assar no espeto, a malta, entusiasmada, para ali foi. ... Há que dizer que de lá veio de asa derreada, com muita pena nossa: numa banhada de futebol da segunda parte dada por um Vitória de Guimarães, apostado em ganhar, e um SL e Benfica, a moer o tempo e a nossa paciência com um joguito de meia tigela, encolhido em defesa de um resultado de miséria, perdeu o rei do dinheiro, venceu a humildade de quem até esteve meses sem receber ordenado... Benfiquista sou eu e estive lá. Mas tenho de, em consciência, dar os meus parabéns às gentes de Guimarães e corar de vergonha com o mau futebol do meu SLB e o seu condenável comportamento. Assim, não. O que eu gosto é de futebol e desporto. De arruaças, não. Nem vê-las, mesmo que tenham a capa do Clube da Luz, que é muito maior que a vergonha que ontem foi no Jamor!... Para o ano há mais, valha-nos isso!... E o SLB continua e eu com ele...

sábado, 18 de maio de 2013

Ano 13, ano de azar...

Quando este ano de 2013 começou, logo suspeitei que não nos traria nada de bom. Sem acreditar muito (nada mesmo) nesta coisa da leitura dos números, o 13 também nada me diz. Nem à sexta-feira. Mas que é ano mau, isso é. Já não falo no que toda a gente sabe, que isso do Governo tem muita gente a "tratar" dele, até internamente, mas não posso esquecer o meu SLB: este meu Clube parece viver bem com o 13, mas, quanto ao 92, com esse dá-se mal até mais não... Foi no Porto, foi em Amesterdão, foi aqui, foi ali... Espero que amanhã algo de bom ainda me possa acontecer... Espero... Mas tenho de contar com o azar de outros... Se assim for, é a vida...E, na Final da Taça, longe vá esse tal 92... Melhor: que nesse momento já tudo esteja resolvido à minha maneira, à SLB...Espero que esse seja um bom dia? Sim, espero... Mas já não digo nada...Aqui, perto de Oliveira de Frades, no Café Larides, a fé é muita... E o medo também...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Tempo às avessas

Isto anda mal em Maio: há frio, há neve, há saraivadas, como se diz nesta minha terra na encosta da Serra do Ladário, em Oliveira de Frades. Em mês de Feira de Maio, que acontecerá na Vila, daqui a uns dias, em tradição sempre convidativa, é costume sermos visitados pela tal saraiva, que, de acordo com os entendidos, faz parte do programa, tal como os ranchos folclóricos, as bandas filarmónicas e, na véspera, para a malta do meu ano de tropa, uma jantarada de amigos oliveirenes. Mas neve? Isso é outra história, nem que ela apenas tenha aparecido lá para a Estrela e o Montemuro... O pior é se se lembra de descer cá mais para baixo... Com o tempo às avessas, até a Troika troca as suas voltas: já não vem daqui a uns dias, para a oitava avaliação, deixando essa tarefa para mais tarde. Se fosse eu que mandasse, nem cá poria mais os pés...Mas que virá, virá... E com que ideias? Trará mais frio e neve e menos calor, que essa gente não tem jeito para nos dar coisas boas... NOTA: ontem, onde escrevi para "desanuvia", queria dizer, obviamente, "desanuviar"... O meu pedido de desculpa...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Um pouco de poesia, para desanuvia

LISBOA... "Olho esta Lisboa de casas velhas/cheia de histórias e aflições/espreito pelo alto de suas telhas/vêm-me à memória boas recordações//O Tejo, lá ao fundo/tem água em grande escala/para mim é o melhor do mundo/tirando o Eirô de que pouco se fala//Esta cidade, porto de abrigo/tem culturas de muitas cores/discuto com ela e ela comigo/mas são fortes os nossos amores//Tradição, modernidade e sol/há de tudo um pouco/falta apenas no seu rol/pôr fim a este mundo louco// - Alcântara, 2013/04/19 LISBOA 2 ..."Ponho-me aqui sentado/E sinto este projecto imperial/pergunto-me: como chegamos a este estado/neste nosso Portugal//Eis o Parque das grandes Nações/filho de um pequeno País/que, vivendo aos tropeções/tem ido, apesar de tudo, onde quis//Deste Tejo saiu afoito/passou a Barra e foi além/neste tempo muito mais do que oito/foi senhor de oitenta e de mil também//Andou por todo o lado/falou muito, descobriu mundo/por mil razões foi falado/ para estar agora no fundo//Olhando o céu azul/e a técnica que por aqui se vê/creio e nisso estou confiante/que outra vida se antevê//Pode não ser hoje, nem amanhã/mas um dia melhor virá/que este osso de assuã/carne da boa e muita terá...// - Parque das Nações, 2013/04/20 NOTA: nesses dias, ainda vivia o sonho de que minha Mãe fosse capaz de resistir. Infelizmente, o mundo pregou-nos a partida de ela nos ter deixado. Eterna saudade, Mãe!