segunda-feira, 28 de julho de 2014

Pensada a Escola em 2012, mas com lições actuais

A escola de hoje Saímos para a rua com um trabalho, coordenado pela Salete Costa, em que se fala das classificações das escolas que os poderes públicos fazem publicar anualmente. Tendo nós, a nível pessoal, uma posição muito crítica a esse propósito, porque achamos que se parte de premissas completamente díspares, a realidade é o que é: as listas em causa estão cá fora e, agora, são objecto de análises e interpretações de todos os tamanhos e feitios. Não é desses aspectos, porém, que queremos tratar. Move-nos uma outra ideia: tentar caracterizar a escola actual, em comparação com a de outros tempos, não recuando sequer a séculos atrás, mas apenas a algumas décadas. Em primeiro lugar, temos, sociologicamente, uma sociedade completamente alterada, sobretudo no tecido ocupacional do mundo do trabalho. Felizmente há outras mudanças de vulto e a mulher conseguiu a dignidade de poder, por mérito, aceder a esse mesmo campo de funções, antes confinadas ao ramo masculino. Olhando para as nossas aldeias, a sua agricultura, que tinha a família em redor da casa-mãe, podendo as crianças ir à escola e, muitas vezes, vir almoçar com a sua gente, permitia essa mobilidade curta e sempre muito ligada às saias maternas e até às calças dos pais. Hoje, nada disso acontece: os locais de trabalho são outros, os horários mais rígidos e tudo isso complica o anterior sistema. Por outro lado, até os estabelecimentos escolares, referentes aos primeiros anos, desapareceram dos locais em que se encontravam, a dez metros do lar. Em segunda opinião, o que se passou na área das propostas de novos meios de conhecimento e informação, quer pelo aparecimento da televisão (1957), quer, muito mais recentemente, pelo fenómeno das novas tecnologias e, sobretudo, da Internet, pôs tudo em questão e a escola ganhou novos concorrentes, quiçá, muito mais atraentes e muito mais atirados para a frente… Resistir a esses apelos e querer pegar em livros é um verdadeiro acto heróico nos dias que correm. Quem assim procede – e muitos são os brilhantes e esforçados alunos que não dispensam esses materiais sempre eternos, ainda que parecendo cair em desuso – merece toda a nossa consideração e respeito. Mas há muitos mais pontos a considerar: entre eles está a lógica evolução do sistema que fez com que se fosse, passo a passo, aumentando os níveis de escolaridade obrigatória: ainda há décadas, às mulheres só se exigia a chamada 3ª classe e a 4ª para os homens. Veio depois, quase nos nossos dias, o 6º ano; há pouco tempo, o 9º e, neste momento, está em curso a generalização do 12ºano… A nível de respostas em estruturas destinadas a estas finalidades, então a diferença é abismal: este ano de 2012, por exemplo, assinalam-se os 50 anos de Colégios locais em Vouzela e Oliveira de Frades, após algumas experiências anteriores terem falhado. S. Pedro do Sul tinha, poucos anos antes, avançado com uma dessas apostas. Mas era em Viseu, no sólido Liceu, que se tinha de prestar provas, pois estas Casas de ensino não possuíam suficientes poderes para essa creditação final. No meio de tudo isto, em pouco mais de meia dúzia de jovens que iam para além da citada 4ª classe, muitos conseguiam esse objectivo através dos Seminários, que importa valorizar e não esquecer este seu determinante papel cultural. Hoje, com escolas cinco estrelas, como pode assim ser classificada a renovada Escola de Oliveira de Frades, com meios de toda a ordem ao alcance dos seus educandos e docentes, com apoios alimentares e sociais (muito embora haja, nestes tempos conturbados muitas nuvens negras a este respeito), com redes de transportes mais eficientes, com a proximidade de muitas decisões em sede de autarquias, quase parece estar tudo criado para um sucesso sem paralelo. Mas não está, nem de longe, nem de perto. E porquê? Temos para nós que as condições físicas de eleição, sendo um meio poderoso, não são o essencial. Se não houver motivação, se os horizontes da nossa juventude se encontrarem tolhidos por uma sociedade que atrofia seus sonhos e despreza seus conhecimentos, se os professores se vêem continuamente desvalorizados, se as famílias sentem que seus filhos, por mais que estudem, não encontram mercado de trabalho à altura, temos aí todos os condimentos negativos para o falhanço de todo o sistema. Por isso, a educação de hoje, tendo aparentemente tudo para ser feliz, precisa de uma “Escola Segura”, a cargo de forças policiais, para desempenhar a sua nobre e gratificante função, essencial e inalienável. Por isso, o sucesso não é aquele que corresponda a tantas “benesses”, nem os resultados reais são aquilo de que a sociedade precisa, muitas vezes. Há ainda um tópico muito mais decisivo: a Escola precisa de ir aos valores buscar a sua própria essência, que estes devem andar de mãos dadas com a ciência, ou seja, a educação e a instrução têm, obrigatoriamente, de caminhar juntas. Ou seja: é preciso reinventar a educação autêntica e fazer dela um íman que atraia pela positiva e não pela obrigação constitucional a ida dos nossos alunos para esses locais de formação, primeiro, informação, depois, aceitando nós que tudo isto apareça ao mesmo tempo. Desprezar uma ou outra destas componentes é matar este projecto lindo de termos a escola mais culta de todos os tempos… Carlos Rodrigues, ano de 2012, “Notícias de Vouzela”, mas com muitas semelhanças em finais de Julho de 2014

terça-feira, 15 de julho de 2014

A vida é o que é (e era), assim vista, há tempos, no Notícias de Vouzela

A vida é o que é Enquanto por aqui andamos, temos obrigação de fazer pela vida, isto é, dar o nosso melhor, que o futuro não se compadece com a apatia de quem ou não quer, ou não pode ir em frente. Se as forças nos vedam a possibilidade de lutar ( e, infelizmente, muita gente nossa amiga, e outra por esse mundo além não têm meios de fazer o que, talvez, quereriam), apenas resta que essa falha seja compensada com a generosidade da outra parte da sociedade, aquela que está na plena posse de suas faculdades. Mas o pior é quando se teima em nada levar por diante, podendo. Nesta última situação, isso é muito mais grave. Ao corrermos as nossas ruas, vemos o esforço e a coragem estampados no rosto de quem se esforça por lutar por si e pelos outros. Mas topamos também várias pessoas que, aparentando uma boa saúde, para ali estão, como se nada fosse. Das duas uma: ou vêem que não vale a pena essa viagem, por terem seus sonhos desfeitos e, então, há que apurar o que se passa, ou são mesmo assim, uns deixa-andar, esperando que tudo lhe venha ter a casa de mão beijada. Se formos mais longe e, após uma espreitadela pelas mesas dos cafés, por exemplo, descortinarmos sempre as mesmas caras, muitas delas com uma tez de fazer inveja, há outro raciocínio a fazer: há ali mandriice e com essa o País, que tanto precisa do nosso esforço empenhado, não pode nem deve contar. Mas há um dever que se impõe: fazer com que todos dêem corda aos sapatos e não se fiquem nas encolhas desse mesmo entediante deixar-correr. Não queremos fazer aqui a apologia da denúncia, longe de nós essa técnica, que corrói a confiança e é a pior forma de se conseguir dar a volta, com dignidade, a estas situações. Mas não fica nada mal que os agentes específicos, Serviços Sociais e afins, procurem actuar no sentido de debelar essas fissuras do nosso tecido social. Se este já é o que é, débil por natureza e por carências demográficas, se lhe acrescentarmos estas excrescências, tudo vai por água abaixo. Vêm estas considerações a propósito de quanto para aí se fala em termos de necessidade de respondermos aos novos desafios que a sustentabilidade social impõe às actuais sociedades, onde as pirâmides etárias se apresentam, sabemo-lo, demasiado invertidas no sentido inverso àquele que era desejável. A vida é o que é. Postos perante estes quadros que exigem medidas do lado da economia, mais do que pela via dos apoios estatais, cuja riqueza é demasiado escassa, para não dizermos inexistente, aquela gente que, de propósito, não tem qualquer ocupação, estando ainda em boa idade para dar o seu quinhão de trabalho, associada à terrível mancha negra dos desempregados, ajuda a destruir o pouco que resta do edifício da segurança social, ao tal de onde saem os meios financeiros para acudir a casos e situações de real necessidade. Aqui chegados, convém repetir-se uma tese que anda demasiado fugida dos discursos oficiais e, em cada dia que passa, recebe mais uma acha para a perigosa fogueira do descontentamento e da guerrilha entre grupos etários e entre gerações: a questão das reformas e pensões, cuja origem, na sua imensa e grande maioria, está nos descontos feitos na altura devida e com o peso que, então, foi pedido a cada trabalhador por conta de outrem. Teimar, em sede de discurso oficial, em atirar para cima desta gente, à laia de culpabilização, os defeitos de uma nação a viver o drama de uma profunda crise, é, para além de viva insensatez, uma falta de respeito por milhares e milhares de cidadãos, que merecem outra forma de tratamento e consideração. A vida é o que é. E para muitos já quase foi. Por razões que se prendem com a necessidade de os nossos políticos terem um outro discurso e uma outra abordagem a estas questões, dos novos Governantes o que se espera é que tenham força para, usando outros argumentos, fazerem ver que o que precisamos é de muito mais economia, de crescimento e desenvolvimento sustentado, que a receita dos cortes financeiros e fiscais já deu o que tinha a dar: um desastre completo. Houve mudanças, isso houve. Estamos, porém, do lado de quem afirma que soube a pouco, a quase nada. E somos daqueles que, gostando de ver o país a bulir, já nos incomoda ouvirmos todos os dias o mesmo género de cartilhas, a dos cortes, a da ida ao bolso de quem, ainda, tem meia dúzia de tostões. Mas por este andar, isso acontecerá por muito pouco tempo. E, depois, com tudo parado, é o abismo que nos espera. Apesar de todo este pessimismo, queremos dizer ao Dr. Mário Soares que também ele anda profundamente errado: falando em hipóteses de atentados ou na renúncia ao pagamento da dívida, em jeito da Argentina, comete um erro crasso e estraga muito do capital de importância que foi amealhando ao longo dos tempos. A falar assim, melhor será estar calado e sossegadinho no seu andar do Campo Grande, ou nas suas moradias de Nafarros e do Vau, ou no recanto de sua Fundação, ou de seu bom Colégio. O estatuto que tem não lhe permite, porém, dizer tudo o que lhe vem à cabeça, muito menos asneiras deste tamanho. Carlos Rodrigues, em contexto de então (mormente as intervenções do Dr. Mário Soares), publicado este trabalho no “Notícias de Vouzela”

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O elefante de José Saramago anda por aí...

A minha viagem do elefante A Comunidade Intermunicipal Viseu Dão-Lafões tem vivido um criativo ciclo cultural que, tendo como base um livro de José Saramago, foi posto a circular, no terreno, por um gigante da nossa capacidade de intervenção territorial, a ACERT, de Tondela. Chama-se “ A viagem do elefante” e tem sido um êxito retumbante por onde tem passado. Com méritos próprios para dar e vender, com uma marca que é garantia e selo de qualidade, que lhe advém dos seus autores, cujas provas não se medem já à escala local, trepando antes para patamares mais altos, esta ACERT não deixa, nunca, de nos surpreender. Desta vez, optando por não oferecer um produto cultural acabado, mas fazendo com que as comunidades locais viessem a integrar esta proposta, enriquecendo-a, escolheu um caminho arriscado mas pleno de sentido de oportunidade, ao eleger a participação e os saberes diferenciados como mola para esta imponente peça teatral, viva e a cores. Sem querer ir pela análise deste trabalho, o que já seria um imenso prazer se o fosse capaz de fazer bem e com qualidade, não é por aí que me atrevo a ir. Essa meritória tarefa deixo-a para quem sabe, quer da literatura de José Saramago, quer das andanças do teatro, porque estes campos não são bem a minha praia. Então, que quero eu dizer? Que aqui está um exemplo de intervenção territorial com visão alargada, com um sexto sentido de bem actuar em prol do desenvolvimento integrado e sustentado dos queridos locais em que vivemos. Por ser tão vasto e grandioso o significado desta actividade, tenho até dificuldades em elencar e priorizar os meus comentários. Sabendo que a CIM abraçou, com garra, este projecto, este não teria sido possível se, ali do lado de lá da Serra do Caramulo, em Tondela, não houvesse aquela força imensa de uma criação cultural que nos deixa sempre com água na boca. Logo, face a estes dois aspectos, estou com um ovo e uma galinha sem saber qual colocar em primeiro lugar. Como não gosto de ficar com meias tintas, avanço o meu esquema hierárquico: a ACERT fica mesmo no topo do pódio, sem tirar, nem pôr. De seguida, vem a CIM e os municípios que a compõem, que, pelo que me é dado perceber, têm sido inexcedíveis na adesão a esta iniciativa e na sua capacidade empreendedora de a oferecer às suas gentes. Há aqui um ponto que é do mais alto valor: a forma como as Câmaras Municipais têm atraído as respectivas comunidades para participarem, activa e entusiasticamente, neste mesmo processo é deveras notável. Várias lições aqui se colhem: a) – a cultura imaginativa, e a possibilitar alto valor acrescentado, não é exclusiva dos ditos e abafantes grandes centros; b) – o arrojo de avançar para acções de envergadura é factor que pode muito bem trazer bom retorno; c) – a associação de Municípios, a remarem para o mesmo lado, leva barcos a bom porto; d) – um euro cultural na mão desta gente vale milhões, etc, etc. Paralelamente, há que adiantar-se um outro raciocínio: em políticas de desenvolvimento, a valorização dos recursos endógenos e a potenciação das suas vontades e capacidades são a chave do sucesso, pelo que se dispensam quaisquer decisões de régua e esquadro vindas de onde vierem. Com a intervenção local a ser determinante, esta “ A viagem do elefante” é obra colectiva mas com nomes concretos a sobressaírem: no Trigo Limpo/ Teatro Acert em cena, saltam, como azeite em água, as figuras de José Rui Martins e Pompeu José, na adaptação e dramaturgia, Luís Pastor e Flor de Jara (Espanha), música, Zé Tavares ( um meu conterrâneo de Oliveira de Frades), na cenografia e desenho gráfico, igualmente, assim como um vasto elenco de técnicos e actores, a que se juntam os muitos que, em cada sítio, aceitam dar o seu contributo a esta actividade de densa cultura. Destaque ainda para Assim avança este elefante Salomão de canto a canto, porque “… Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória” – José Saramago, Palavras para uma cidade. Até agora, este tem sido o trajecto desta “ A viagem do elefante”: ano de 2013 – Figueira de Castelo Rodrigo, S. João da Pesqueira, Pinhel, Sortelha, Fundão, Castelo Branco, Tondela, Lisboa, Rivas/Madrid; 2014 – área dos municípios da CIM Viseu Dão/Lafões. Com a cooperação da Fundação José Saramago, esta produção é fruto de uma vasta parceria, pelo que este trabalho em rede, com a busca e valorização de bastantes e profícuas sinergias, me obriga a que lhe teça os maiores elogios. Como exemplo de boas práticas em termos de desenvolvimento integrado, pegando nas boas pontas da cultura, aqui o estampo com toda a força da minha pouca capacidade argumentativa, mas que saiu cá bem de dentro, das raízes do coração, frise-se. Carlos Rodrigues, in “Notícias de Vouzela”, 2014/07/03

terça-feira, 8 de julho de 2014

Na PIM, enfim, a cultura é à grande e à moda da Vagueira

Na zona de Aveiro, com cheiro a Ria e a terras da Gândara, há uma Praia especial, a Vagueira, que tem, entre muitas outras virtudes e encantos, um lugarzinho onde a cultura e o convívio são pratos fortes, bem cozinhados, bem aparicados e melhor servidos: a Perlimpimpim. Servida em doses à medida de quem gosta de estar perante boas práticas comerciais com gente dentro e muitas pitadas da tal cultura, esta aparece sempre engalanada em arte, engenho, entrega, dedicação e mil cuidados. Ao leme deste barco, que não é moliceiro, mas tem contornos de todas as artes, lá está Aldina Ribeiro. Puxando mil cordelinhos, sabe sempre que nós desatar, que pontas unir, que teia tecer, que tecido conseguir. Dali sai sempre alta costura. Este último fim de semana, teve fatiota de estalo, no sábado e domingo. Neste último dia, "fatiota" é mesmo isso, por ter havido um emocionante desfile de moda para bebés e crianças que deixou pais, avós, amigos e todos os presentes com o desejo de irem logo à loja promotora e carregarem caixotes daquela boa e jeitosa mercadoria. No sábado, dia 5, o sentido é mesmo figurado, a não ser que falemos da vestimenta que as Fadas já formadas, as de 2013, e as estagiárias, as empossadas nesse mesmo dia, envergavam com uma dose de alegria contagiante. Por ser verdade, também não podemos deixar de lado os Feiticeiros que, a partir desse dia 5, fazem parte daquela Família PIM, em que nos encontramos, dupla e familiarmente, nós também. Em maré de aniversário, cinco anos, o desfile da obra feita é impressionante: mais de 200 artistas plásticos recebidos na Galeria PIM, mais de 80 concertos musicais, centenas e centenas de outros variados eventos e, sobretudo, o ter-se ali conseguido o feito maior de todos se sentirem em Casa, que casa é este local mágico, cheio, por isso, de boas fadas e bons feiticeiros. No dia em que o Bolo de cinco partes e feito por outras tantas obreiras foi papado, com gosto e muitos parabéns à mistura,ali decorria uma exposição de pintura colectiva em que se podiam apreciar obras destes artistas: Alberto d'Assumpção, Alua Polen, Artur Dionísio, Gina Marrinhas, Guia Pimpão, Helder Bandarra, Hermínio Veríssimo, Jayr Peny, Mário Morais, Sameiro Sequeira, Teresa Vilar e Víctor Costa. Isto é obra. Humildemente, também nesse dia, dali saiu uma exposição que nós próprios elaborámos sobre a EN 333, a "Estrada dos VV - Vagos/Vouzela" e das Nossa Senhoras de Vagos e do Castelo/Vouzela, ali presente desde o dia 22 de Junho e, agora, com viagens marcadas, para outros destinos, dentro do seu percurso de 65 km, a abranger os concelhos de Vagos, Oliveira do Bairro, Águeda, Sever do Vouga, Oliveira de Frades e Vouzela. Com estes dois dias em cheio, a Perlimpimpim disse bem ao que vinha: oferecer cultura com marca registada e que sabe sempre bem apreciar. Cinco anos depois de ter surgido, vinda do nada, eis que, com tão grande palmarés, já pode começar a pensar nos dez, quinze, vinte, vinte e cinco e demais múltiplos por aí além. A Aldina e a sua gente, com destaque para a Família directa, têm dotes que chegam para fazer da PIM tudo o que quiseram. Com tantos amigos, o futuro já está traçado. Haja agora é coragem para a levar por diante. Parabéns e muitos anos de vida.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Teimosia

Está a começar o mês de Julho e a chuva, mais teimosa que eu, não nos deixa. Vou afrontá-la: dentro de dias, virá o sol e esta água, vinda do céu, para dar vida na terra, só aparecerá daqui a uns tempos. Peço-lhe: venha em tempo de fogos, para dar descanso aos nossos Bombeiros e não deixar que percamos as nossas matas. Falando nestas, outra provocação: olhe-se mais para os carvalhos e afins e menos para os eucaliptos e os pinheiros. Se quiserem saber o valor aconchegante de um carvalhal a sério, passem por Paranho de Arca, Oliveira de Frades. Ali é o repouso absoluto e a força de uma mancha florestal com todas as letras... Vale a pena...

terça-feira, 1 de julho de 2014

Este Carlos, de Oliveira de Frades, está com o Carlos, cidadão do mundo

Saiu Portugal do Brasil, apanhado meio descalço no futebol, mas logo um outro nosso compatriota, o Carlos do Carmo, chegou à outra América, a do Norte, a que manda, e de lá trouxe um dos mais cobiçados prémios musicais: um Grammy. Não sei bem o que isso é, se Óscar, se Taça, se outra coisa qualquer. Mas que tem um ENORME prestígio, lá isso tem. Gostei. Em Oliveira de Frades, eu que, sendo um tamanco a trautear canções, vou continuar a andar sempre com os seus fados. Dão-me ânimo. Aquecem-me a alma. E, agora, mostram que sabem galgar mundos. Boa!... Proponho: vamos apoiar uma sua nova digressão pelas nossas terras. Venha ele... Parabéns!...