Este meu mundo já não dá para brincar...

Vamos lá falar a sério: o que se está a passar na França e na Alemanha já deixou de ser qualquer coisa de somenos. Isto está duro. Isto é algo muito sério. Com a morte a acontecer todos os dias, com os ataques a surgirem de todo o lado e disfarçados de mil truques, está na hora de nos pormos a pensar seriamente sobre o nosso futuro como povos europeus. Ou somos uma civilização e cuidamos dela, ou vemos partir todas as nossas bases. Se se avança para questões religiosas - e hoje foi esse terror que se tratou - pouco falta para a disputa de civilizações. Pouco e muito perigoso. E disso é que eu tenho medo. É este o combate que cabe à UE enfrentar. Quando se anda a falar de tostões e de décimas, esquecendo o essencial, que passa por dar condições de vida e de dignidade a quem habita esta nossa Europa, evitando franjas de exclusão, estamos a cavar a nossa sepultura. Isso e isso apenas é o que deve estar em cima da mesa de todas as negociações. Se mais ninguém houver para travar esse combate das ideias, aqui estou eu para dar passos em frente, ainda que todo debilitado e cheio de problemas. Mas para dar corpo a uma nova Europa, a dos ideais, prontifico-me a avançar... Com um Português como grande língua universal, com um francês aceitável, no campo das ideias, sinto que esta é a hora de não se ficar parado. Pregando a TOLERÂNCIA, sempre, mas sem hipotecar a identidade que temos dentro de nós...

O péssimo, o bom e o assim-assim

A semana que está a findar, trouxe-nos o pavor em Nice-França com a morte a encontrar-se, por um acto tresloucado com evidentes marcas de terrorismo, com mais de 80 pessoas e a deixar feridos muito mais gente indefesa, em dia que era de festa nacional, 14 de Julho. Foi novamente o sangue francês que nos veio entristecer, a nós que vivemos a pacatez da nossa Serra do Ladário e do concelho de Oliveira de Frades. Depois, logo a seguir, novamente a morte, desta vez na Turquia, por via de um falhado Golpe de Estado. É a Europa em perigo, temos de o confessar. Como notícias boas, e como que em contraponto, temos duas, não uma: as Festas Concelhias da nossa terra e a vitória de Portugal no Campeonato Europeu de Hóquei em Patins, também em Oliveira, mas de Azeméis, aqui bem perto. Por entre o terror e a felicidade, por cá vamos indo. Já agora, mais um pormenor: os fabricantes de medalhas estão em fase de progresso. Com tantos Campeões, em Belém não há mãos a medir, nem Marcelo tem tempo para dormir, mas, segundo dizem, isso não lhe faz falta nenhuma. Consta até que anda sempre em pé e em marcha acelerada...

Não foi preciso máquina de calcular, não...

Andei estes dias a olhar para as televisões para espreitar o futebol europeu. Valeu a pena. Com o coração apertado em vários jogos, explodi de alegria no domingo à noite, dia 10, conjuntamente com a família e um grupo de bons amigos, quando Portugal se sagrou CAMPEÃO EUROPEU DE FUTEBOL, feito que jamais fora conseguido. Enorme aquele momento. Gigantesca a recepção em Lisboa e por todo o mundo se fizerem sentir os bons ecos desta vitória. Lembrei-me da tradicional canção: " Devagar, devagarinho, se vai à Ribeira Grande!" E que RIBEIRA ela foi! Um TEJO enorme, um MAR imenso. Gostei. Adorei. E em dia tão bom vi juntarem-se a esta festa também os CAMPEÕES de Atletismo em Amesterdão e o ciclista Rui Costa a conquistar, ainda em França, um 2º lugar na etapa do Tour. Isto é Portugal no seu melhor. Somos um povo forte e um forte povo. Mas começo a não ter paciência para suportar aqueles ministros das finanças (do ECOFIN)que, cegos, surdos e desastrados, quiseram atirar o nosso país para o inferno das sanções. Com gente desta, aqui na minha Serra do Ladário, concelho de Oliveira de Frades, não nos safamos, por mais que queiramos sair da cepa torta. Melhores tempos virão, assim o creio. Esta vitória, saborosa e apetitosa, pode ajudar a isso mesmo. Que assim seja, que aqueles líderes europeus de pouco ou nada nos valem. Azar de vida!...